sexta-feira, 13 de março de 2009

Programação até 19 de fevereiro


Os filmes estão em cartaz de quarta a domingo. O Cine Glória faz parte do projeto Cinema Para Todos, do Governo do Estado, e recebe os alunos das escolas estaduais e seus acompanhantes que apresentarem os ingressos do projeto na bilheteria para assistir qualquer filme nacional em cartaz até 02 de abril.

16:00 - Titãs - A vida até parece uma festa
De Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves
Brasil, 2008. Documentário, 100 minutos.
Os Titãs contam sua própria história. Em ritmo de aventura, com cenas inéditas da vida dentro e fora dos palcos, gravações de álbuns antológicos e de grandes sucessos desde os primórdios até hoje em dia, o filme conta com imagens captadas por eles e principalmente por Branco Mello, que em 1984 saiu gravando tudo que acontecia com o grupo naquele momento de explosão musical que foram os anos 80.
Veja o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=pZ5yR3BqbwM

17:50 – Vinil Verde
Mostra Curtas no Glória (Entrada franca)
De Kleber Mendonça Filho, Brasil, 2004.
Ficção, 13 minutos. Classificação: 12 anos.
Mãe dá a Filha uma caixa cheia de velhos disquinhos coloridos. A menina pode ouvi-los, exceto o vinil verde.

18:10 – Rumba
De Dominique Abel, Fiona Gordon e Bruno Romy,
França/Bélgica, 2008. Comédia, 77 minutos.
Interior da França. Dom (Dominique Abel) e Fiona (Fiona Gordon) é um casal de professores que tem uma paixão em comum: dança latina. Porém após uma noite de competição de dança, um acidente de carro muda por completo suas vidas.


19:40 - Eletrodoméstica
Mostra Curtas no Glória (Entrada franca)
De Kleber Mendonça Filho, Brasil, 2005.
Ficção, 22 minutos. Classificação: 18 anos
Classe média, anos 90, 220 Volts. 20:10

20:10 – Verônica
De Maurício Farias, Brasil, 2008.
Drama, 108 minutos.
Verônica (Andréa Beltrão) é uma professora da rede municipal do Rio de Janeiro. Em seu trabalho ela precisa enfrentar assaltos, tráfico de drogas, roubo de equipamento escolar e homicídios. Após trabalhar na função por 20 anos, ela está esgotada e sem paciência. Um dia, ao sair do colégio em que trabalha, ela nota que ninguém veio buscar Leandro (Matheus de Sá), de 8 anos. Verônica decide levá-lo até sua casa, na favela, mas ao chegar descobre que traficantes mataram os pais de Leandro e agora estão atrás dele. Ela decide levá-lo consigo, buscando ajuda para escondê-lo.


Abertas as inscrições para o Curta Criativo


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quinta-feira, 12 de março de 2009

Bons Filmes - por Fabiano Canosa

A gente sempre fica alerta para o bom filme, esteja ele no multiplex ou na solitária sala de rua, seja de orçamento mínimo ou blockbuster. A pedida do mês é o excelente WATCHMAN, um vigoroso ensaio de um crime, o mais provocante filme de ação desde IRON MAN.

O filme abre com uma colagem dos eventos que marcaram o mundo nas últimas cinco décadas, colagem que antecipa a mestria com que a ação entre super-heróis da Marvelandia vai evoluir, um toccata e fuga que faz lembrar- pasmem-se- o Metropolis de Fritz Lang. Zach Snyder, cujo anterior 300 foi cuspido pela crítica local (incluindo o nosso Rodrigo Santoro), deu um salto qualitativo neste seu novo épico, o que não elimina as qualidades visuais e lúdicas de 30O.

WATCHMAN é dark, com um tempo de projeção que pode fazer a turma que só sabe mandar text messages desistir. Mas, para os que vajaram com o Kubrick de 2001, o DIA EM QUE A TERRA PAROU, o original de Robert Wise ou THE MAN WHO FELL TO EARTH de Nick Roeg, WATCHMAN é uma grande pedida.

O novo doc de Helena Solberg é um bombocado - Chico, Bethania, Tom Ze, Lenine, Visnik, Arantes entre outros põem em discussão se letra de música é poesia, como se o Parnaso fosse parnasiano. Como a poesia é democrática mas individualista e, em sua maioria,um fenômeno verbal que desafia os não-crentes, quando aliada à musica, deixa pra lá seu falso elitismo e proporciona ao ouvinte momentos sublimes e insequecíveis.

Assim foram as parcerias de Tom com Chico e Vinícius e vice-versa. O que o filme traz é o prazer orgásmico da plavra cantada desde os trovadores medievais, e a memória de Helena Solberg e seus parceiros e muito bem-vinda neste momento de leis ortográficas que tentam por as rédeas na poesia inata que encontramos nos erros e acertos da nossa língua gulosa de imagens e de nossas palavras (en)cantadas.